A senadora Fátima Bezerra
afirmou, nesta terça-feira (28), no Plenário, que o laudo da perícia técnica
sobre o impeachment da presidenta Dilma somado e o resultado da pesquisa que
atestou a falta de popularidade do governo Temer têm deixado o Planalto e seus
articuladores políticos com os nervos à flor da pele. “Isso explica, senhoras e
senhores, a insistência dos apoiadores desse governo biônico em apressar os
trabalhos da comissão e o fato de o governo biônico ter se transformado em um
balcão de negócio, para aprovar a todo custo o impedimento definitivo da
presidenta Dilma”, analisou.
Fátima
voltou a afirmar que, a cada dia, fica mais explícito, para quem acompanha os
trabalhos da comissão, que o pedido de impeachment da presidenta não se
sustenta. “A cada dia, a farsa é desmontada. Não sou que estou dizendo isso!
São opiniões das mais variadas, inclusive de juristas respeitados no plano
nacional e internacional, que colocam claramente que essa é uma das maiores
anormalidades constitucionais vividas na história do país. E, ontem, a perícia
mostrou, mais uma vez, que a presidenta Dilma Rousseff não cometeu nenhum
crime”, destacou.
Fátima
lembrou também que o pedido da perícia havia sido solicitado no início dos
trabalhos da Comissão Especial do Impeachment, mas a bancada do governo
provisório não tinha aceitado. “Tivemos que recorrer ao Supremo Tribunal
Federal (STF), que acatou o nosso recurso. Certamente, os senadores aliados do
governo golpista não desejavam a perícia, pois sabiam que o resultado não seria
bom para a acusação”, disse a senadora.
Fátima
criticou o desmonte que vem sendo feito pelo governo provisório na educação
brasileira. A parlamentar repudiou medida adotada pelo presidente provisório,
Michel Temer, que revogou, nesta terça-feira, a nomeação e recondução dos
membros do Conselho Nacional de Educação. “O Conselho Nacional da Educação não
é um órgão qualquer. É um importante colegiado que desempenha, por força da
lei, um papel importantíssimo na construção, na avaliação e no acompanhamento
das políticas educacionais brasileiras. Esse ato autoritário se soma a outros
atos já em curso, como, por exemplo, o desmonte do Fórum Nacional da Educação,
o esvaziamento do papel da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização,
Diversidade e Inclusão – SECADI e a famigerada PEC nº 241, de 2016, que
institui a chamada regra Temer/Meirelles, limitando os reajustes dos gastos
públicos à inflação do ano anterior”, afirmou.
Fátima
convidou ainda os parlamentares à participarem amanhã, às 9 horas, no
Ministério da Educação, do ato em defesa da democracia, da educação pública e
dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras em educação. “Essa é mais uma
iniciativa das entidades da área da educação contra esse Governo provisório e
biônico que tem feito um verdadeiro desmonte na educação brasileira. Diante
desse momento dramático pelo qual o País passa, lutar não é mais só uma opção;
passa a ser uma obrigação”, enfatizou.
Via: Wallace/blog.
Nenhum comentário:
Postar um comentário